quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Do que não se desfaz.

Do que fica guarda-se pouco. Algumas palavras, uns xingamentos, outras saudades e por aí vai. Difícil guardar coisas boas em baús fabricados por mentes atordoadas e temerosas de terem sempre escolhido o pior caminho.

Guardar pessoas fica impossível, ás vezes. Eu me vejo tentando isso a todo instante. Quero guardá-las pra mim e as perco em um piscar de nãos. Ando meio desligada da vida ou ela que se desligou e eu estava tão distraída que nem notei o curto e o circuito em que ela sumiu. Eu queria era dormir um pouco, mas as coisas mudam enquanto você dorme, aí você fica assim esperando que mude na sua frente, de olhos abertos e nada acontece.

Viro e mexo e cá estou procurando coisas nesse monte de entulhos que se tornou o meu tempo.

Queria estar aí...ah como queria!!!

Poucas coisas me fazem falta, mas hoje a falta delas se fez. Aquelas bobagens que dizíamos antes de nos despedir, aquele, aquilo, aqui...
Seu telefone ainda está acima das "coisices" que teimo em guardar. Mas não ligo. Quero só ter a crendice besta de que um dia, um qualquer dia, você atenda.

Só isso e outras poucas manias eu guardo, o resto eu já deixei ali fora, no lixo da área, talvez amanhã ou depois eu coloque pra fora.

Ainda é cedo e o cheiro não me incomoda.

Carla Abreu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário