terça-feira, 7 de julho de 2009

Isolda que amava Tristão

Por tantas vezes havia o desejado assim e agora o tinha. Chegava enfim o ápice daquele encontro. Isolda jamais saberia ao certo se Tristão lhe pertencia ou se possuía apenas seu corpo, seu sexo. Mas o que importa pertencer ou não, quando as mãos se encontram em euforia no balanço dos quadris?

Tudo o que ela precisava ter naquele momento era dela. O olhar, o toque, o beijo, o desejo e o prazer de Tristão .E Isolda amava... Ah, ela amava com todo aquele clichê dos românticos e acreditava que podia ser pra sempre. E o que pode ser o “pra sempre” senão o agora?

É por isso se entregava, que se envolvia em meio àquelas pernas e desejava que ele a tomasse como se toma uma dose de cachaça pura. E que sentisse o calor que a queimava feito brasa e as batidas de bateria de escola de samba que seu coração entoava.

Isolda amava Tristão, mesmo quando, exausta, procurava seus ombros, ele se levantava, deixava o dinheiro na mesinha de cabeceira e não dizia uma só palavra.

E era aí que ela mais amava...

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